Vizinhos tentam expulsar Bolsonaro do condomínio e motivo choca à todos: ‘Ele ma…Ver Mais

Jair Bolsonaro em xeque: tensão explode entre vizinhos de condomínio de luxo após prisão domiciliar
Um silêncio quebrado, helicópteros sobrevoando o céu tranquilo do Distrito Federal, câmeras, viaturas, protestos, e agora, uma tentativa de expulsão. A rotina pacata de um dos condomínios mais exclusivos da capital brasileira virou cenário de um drama político que se desenrola em tempo real. No centro do turbilhão: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vive seus dias mais conturbados, não apenas diante da Justiça, mas também sob pressão crescente… dos próprios vizinhos.
Em meio à vigilância da Polícia Federal e à recente decisão do Supremo Tribunal Federal que impôs prisão domiciliar ao ex-mandatário, uma nova crise silenciosa começa a ganhar corpo — os moradores do luxuoso residencial onde Bolsonaro reside estariam se articulando, nos bastidores, para tirá-lo do local.
Da segurança reforçada ao incômodo diário
Segundo informações do jornalista Maycon Leão, do Jornal dos Famosos, veiculado na LeoDias TV, a gota d’água teria sido o aumento desenfreado do tumulto na região. A presença ostensiva de apoiadores, a movimentação intensa de jornalistas, os bloqueios ocasionais nas ruas internas do condomínio e a vigilância armada afetaram diretamente a rotina dos moradores, tradicionalmente marcada pelo silêncio e discrição.
Um dos residentes, sob anonimato, foi direto:
“A paz foi enterrada desde que Bolsonaro chegou. Agora vivemos em constante tensão.”
Nos grupos de mensagens entre vizinhos, o descontentamento é cada vez mais explícito. Alguns falam abertamente sobre a possibilidade de mover ações para retirar Bolsonaro do condomínio. Embora o tema esbarre em questões legais e estatutárias, o simples fato de estar sendo discutido já revela o desgaste irreversível em torno da figura do ex-presidente — até mesmo entre aqueles que um dia o trataram com admiração.
Prisão domiciliar: o estopim do caos
A crise que agora se instala no condomínio de alto padrão teve início após uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou, no dia 4 de agosto, a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. O motivo: violação das medidas cautelares impostas pela Justiça.
Moraes apontou que Bolsonaro continuava se comunicando com apoiadores por meio de redes sociais, ainda que de forma indireta — utilizando contas de terceiros, como a de seus filhos parlamentares. Um episódio específico chamou a atenção do Supremo: um vídeo publicado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Instagram, no qual o pai aparece saudando manifestantes em Copacabana.
“Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, diz Bolsonaro na gravação, que foi apagada horas depois. Para Moraes, a remoção do conteúdo só reforça a tentativa deliberada de descumprir e ocultar a infração.
“O flagrante desrespeito às medidas cautelares foi tão óbvio que o próprio filho do réu decidiu remover a postagem”, escreveu o ministro em sua decisão.
Um condomínio sob pressão
Enquanto helicópteros da imprensa continuam sobrevoando o condomínio e a segurança segue intensificada, a paciência dos moradores vai se esgotando. Alguns ainda mantêm uma postura neutra ou até simpática ao ex-presidente, mas o clima geral é de desconforto.
“Ninguém quer viver com sirenes, drones e protestos à porta”, desabafou uma moradora.
Além do incômodo físico, há o impacto simbólico: o condomínio, antes associado ao sossego da elite política e empresarial de Brasília, agora estampa manchetes nacionais com conflitos e tensões. Para muitos moradores, essa exposição indesejada é intolerável.
Embora uma expulsão formal envolva trâmites legais complexos, a pressão social — e jurídica — contra Bolsonaro cresce por todos os lados. Se no cenário político ele já enfrenta investigações e restrições severas, agora ele também sente o peso da rejeição dentro do espaço onde deveria estar em reclusão e segurança.
Encruzilhada pessoal e política
A tentativa de preservar sua liberdade acabou levando Bolsonaro para dentro de uma nova prisão: a do isolamento social, até mesmo entre seus pares mais próximos. A imagem do líder carismático que arrastava multidões parece, pouco a pouco, dar lugar a uma figura cercada por tensão, cercada por muros — e não apenas os do condomínio.
Enquanto o embate jurídico continua no STF, e as investigações se aprofundam, uma pergunta ecoa entre vizinhos e analistas políticos:
Se Bolsonaro já não é mais bem-vindo nem em casa… onde mais ele poderá encontrar abrigo?
