URGENTE: Ex Presidente Bolsonaro acaba de ser co ….ver mais

STF Reabre Julgamento de Réus por Tentativa de Golpe: O Destino da Democracia Está em Jogo
Brasília — 11 de setembro de 2025. O relógio marca 14h. As atenções do país se voltam para o Supremo Tribunal Federal. No coração do poder judiciário, a Primeira Turma do STF retoma um julgamento que poderá não apenas definir o futuro de oito figuras centrais da política nacional, mas também cravar um ponto de virada na história recente do Brasil.
Entre os réus, um nome sobressai com peso próprio: Jair Bolsonaro, ex-presidente da República. Acusado de liderar uma articulação para derrubar a ordem democrática após as eleições de 2022, Bolsonaro volta a ocupar o centro do debate político, desta vez não nos palanques, mas no banco dos réus.
O que está prestes a acontecer vai além da condenação ou absolvição de indivíduos. O que está em jogo é o próprio significado da palavra “democracia” em um país ainda marcado pelas cicatrizes de sua jovem República.
O Clímax de um Julgamento Histórico
A retomada da sessão traz um elemento que transforma o julgamento em um verdadeiro suspense jurídico: o voto da ministra Cármen Lúcia.
Ela será a primeira a se manifestar nesta nova fase — e sua posição pode mudar tudo. Um voto pela condenação aproxima os réus da punição e fortalece a tese de que houve, de fato, uma tentativa organizada de golpe. Já um voto pela absolvição poderia criar um impasse que favorece a defesa.
Mais do que um simples posicionamento técnico, o voto de Cármen Lúcia carrega o peso de uma decisão que pode impactar o destino político de Bolsonaro e seus aliados — e definir como o país lidará com ameaças à sua ordem democrática.
O Dividido Plenário
Até o momento, a Primeira Turma se mostra dividida:
- Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os réus. Dino, no entanto, sugeriu penas mais brandas para alguns envolvidos, como Augusto Heleno e Alexandre Ramagem.
- Luiz Fux, por outro lado, surpreendeu: votou pela absolvição de seis dos acusados, mantendo apenas Mauro Cid e Walter Braga Netto como culpados. Para ele, faltam provas concretas de que houve uma tentativa real e estruturada de golpe — especialmente no caso de Bolsonaro.
A sessão anterior terminou de forma dramática após o extenso voto de Fux, que se estendeu por 14 horas. Agora, os olhares se voltam também para Cristiano Zanin, presidente da Turma, que ainda não declarou seu voto.
Se houver maioria pela condenação, o tribunal seguirá para a próxima etapa: a definição das penas — momento igualmente aguardado com tensão.
Acusações Graves, Personagens Centrais
Os crimes imputados aos réus são gravíssimos e incluem:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Dano ao patrimônio público
- Deterioração de bens tombados
Entre os oito acusados estão figuras que até pouco tempo ocupavam os altos escalões do poder:
- Jair Bolsonaro (ex-presidente)
- Alexandre Ramagem (deputado e ex-diretor da Abin)
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil)
No caso de Ramagem, dois dos três crimes inicialmente atribuídos foram suspensos após intervenção da Câmara dos Deputados.
Bolsonaro no Centro da Tempestade
Com dois votos pela condenação e um pela absolvição, a situação do ex-presidente ainda é incerta. Moraes defende que Bolsonaro liderou um grupo com objetivo claro de desestabilizar a democracia, citando até uma minuta de decreto de exceção que teria sido preparada para justificar a tomada do poder.
Já Fux adota um tom mais cauteloso. Para ele, não há provas suficientes de que Bolsonaro tenha atuado diretamente para derrubar o governo eleito. Mais do que isso: o ministro levanta a tese de que, por ser o próprio presidente em exercício, não haveria como ele tentar um golpe contra si mesmo — o que caracterizaria um “autogolpe”.
O Que Está em Jogo?
Muito mais do que a reputação de oito homens poderosos, o julgamento coloca à prova a capacidade das instituições brasileiras de responderem a ataques à democracia.
Será que o país está pronto para responsabilizar figuras de alto escalão por atos contra o Estado de Direito? Ou assistiremos à repetição da velha máxima da impunidade no topo do poder?
A resposta virá do Supremo, mas o eco da decisão ressoará nas ruas, nos tribunais e nas urnas dos próximos anos.
Até lá, o Brasil segue em suspense — à espera do próximo voto.
