Único sobrevivente do avíão é encontrado e o que ele conta é assust… Ver mais

Após o desastre aéreo que deixou 204 mortos na Índia, um único homem caminha entre os escombros. Quem é ele? Como sobreviveu? E o que ele viu nos segundos finais do voo?
Por instantes, tudo foi silêncio. Depois, um homem apareceu entre os destroços.
Era difícil acreditar que alguém pudesse sair vivo daquele cenário: fuselagem em chamas, pedaços de metal espalhados por ruas estreitas e um forte cheiro de querosene pairando no ar. Moradores da pacata região de Ahmedabad, no oeste da Índia, não esquecerão tão cedo o que viram na manhã desta quinta-feira (12).
A tragédia do voo AI171 da Air India parou o país. A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner, seguia decolando rumo ao aeroporto de Gatwick, em Londres, com 242 pessoas a bordo — 230 passageiros e 12 tripulantes. Poucos minutos após a decolagem, o pesadelo começou: uma falha ainda não explicada, uma curva errada no radar, e então o sinal de emergência. Silêncio. O avião caiu em uma área residencial próxima ao aeroporto.
Entre a fumaça e os gritos de desespero, um único homem surgia.
O homem do assento 11A
Vishwash Kumar Ramesh, de 38 anos, foi o único passageiro encontrado com vida. Segundo as autoridades locais, ele ocupava o assento 11A — posição estratégica, situada próxima a uma das saídas de emergência. Essa simples localização pode ter sido o que o separou dos outros 241 ocupantes do voo.
Vishwash é cidadão britânico e estava na Índia visitando parentes. No voo, era acompanhado do irmão mais velho, Ajay Kumar Ramesh, de 45 anos, cujo paradeiro ainda é desconhecido. Estava em outra parte do avião.
Testemunhas disseram ter visto Vishwash caminhando, desorientado, entre os destroços. Um vídeo, já amplamente compartilhado nas redes sociais indianas, mostra o momento em que ele tenta se levantar, apoiando-se em pedaços retorcidos da aeronave. Seu rosto estava coberto de fuligem. Os pés descalços, feridos. Os olhos semicerrados por causa da fumaça. Ainda assim, ele tentava responder às perguntas dos moradores, enquanto era amparado até a chegada das equipes de resgate.
“Foi tudo em questão de segundos”
Internado em um hospital de Ahmedabad, Vishwash ainda se recupera dos ferimentos, mas conseguiu relatar à imprensa o que viveu:
“Trinta segundos depois que decolamos, ouvi um estrondo. Um som seco, metálico. E então tudo desabou. Ainda não sei como sobrevivi. Foi tudo tão rápido… parecia um sonho ruim.”
A fala é breve, mas carrega o peso da catástrofe. A versão de Vishwash coincide com os primeiros dados técnicos: o acidente aconteceu ainda em baixa altitude, logo após a decolagem. A aeronave perdeu contato com a torre de controle pouco depois de emitir um alerta de emergência.
Uma tragédia nacional — e um mistério internacional
O impacto causou destruição também no solo. Pelo menos quatro casas foram atingidas. Equipes de resgate trabalham há mais de 24 horas no local, enfrentando a difícil tarefa de identificar vítimas carbonizadas. A polícia já contabilizou 204 mortos e 41 feridos — muitos deles em estado crítico. O número pode aumentar nas próximas horas.
As autoridades revelaram que mais de 100 corpos estão irreconhecíveis. A análise de DNA será necessária para confirmar identidades. O governo indiano prometeu assistência às famílias e assegurou que a investigação será conduzida com total transparência.
O que causou o desastre?
Ainda não há uma explicação oficial. A caixa-preta já foi recuperada e está sendo analisada por peritos da Índia, da Boeing e da Air India. Especialistas sugerem que uma falha técnica pode ter comprometido o sistema de estabilidade da aeronave. Outros investigam a possibilidade de erro humano ou interferência externa.
A presença de Vishwash, como sobrevivente, pode ajudar a lançar luz sobre os minutos finais a bordo. Seu relato é agora uma das peças-chave no quebra-cabeça do acidente.
Sobrevivente — ou milagre?
Enquanto a Índia vive o luto coletivo e a imprensa internacional acompanha cada detalhe da tragédia, a imagem de Vishwash desperta não apenas curiosidade, mas também espanto. Em meio a uma destruição quase total, como um único passageiro consegue sair vivo?
Segundo peritos em segurança aérea, a chance de sobrevivência em um acidente com esse perfil é inferior a 1%. A localização do assento 11A, combinada com a proximidade à saída e o ângulo do impacto, podem ter contribuído. Mas muitos ainda chamam o episódio de “milagre”.
E agora?
Vishwash permanece hospitalizado, sob observação. Seu estado de saúde é considerado estável, mas ainda não se sabe se ele está ciente de que é o único sobrevivente.
Enquanto isso, parentes das vítimas lotam hospitais e delegacias em busca de informações. O clima nas ruas é de choque e tristeza. Um país inteiro tenta entender como algo assim aconteceu.
E em meio ao silêncio dos destroços, um único nome ecoa: Vishwash Kumar Ramesh — o homem que caminhou para fora do inferno.