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Tagliaferro confirma que entregou provas contra Moraes ao governo Trump: “Enviei os…Ver mais

Explosivo e Inesperado: Ex-assessor rompe o silêncio e lança acusações contra ministro Alexandre de Moraes

Brasília amanheceu em ebulição. Uma entrevista até então discreta no YouTube transformou-se no epicentro de uma crise que pode abalar as estruturas entre os Poderes da República. Eduardo Tagliaferro, ex-assessor direto do ministro Alexandre de Moraes, decidiu romper o silêncio — e suas palavras ecoaram com força nos corredores do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e até mesmo fora das fronteiras do país.

Em entrevista ao programa Café com a Gazeta, veiculado na última quarta-feira (3), Tagliaferro revelou ter entregue documentos e provas contra o ministro Alexandre de Moraes não apenas ao Senado Federal, mas também ao governo dos Estados Unidos. A denúncia, por si só, já seria explosiva. Mas o que ele relatou em seguida elevou o tom do alerta institucional.


“Ele age por impulso” — a crítica sem filtros

Durante a entrevista, o ex-assessor foi direto ao ponto: acusou Moraes de desrespeitar o rito judicial e de agir baseado em manchetes de jornal, não em investigações oficiais. “O ministro decide primeiro o que quer fazer, e só depois constrói as justificativas jurídicas para isso. É o que chamo de ‘rito inverso’”, disparou Tagliaferro.

A frase caiu como uma bomba em Brasília, justamente num momento em que a tensão entre o STF e o Congresso atinge níveis críticos.


Audiência no Senado e denúncias graves

Essas acusações, no entanto, não ficaram restritas à internet. No dia anterior à entrevista, Tagliaferro já havia prestado depoimento em uma audiência pública da Comissão de Segurança do Senado, onde reiterou suas críticas e trouxe à tona um episódio específico: uma operação de busca e apreensão contra empresários de direita em 2022.

Segundo ele, a decisão que embasou a operação não teve origem em inquérito policial ou denúncia do Ministério Público, mas em uma reportagem jornalística. “Não houve investigação formal. A operação nasceu da mídia, e o gabinete do ministro a transformou em ação judicial”, afirmou.


Relatórios “fantasmas”? Datas que não batem

Mas a entrevista reservava ainda mais surpresas. Em outro trecho, o ex-assessor revelou que relatórios produzidos durante as eleições de 2022 pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, da qual fazia parte, teriam sido assinados com datas retroativas. O objetivo? Dar aparência de legalidade a decisões já tomadas por Moraes, que também atuava à época como presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Tagliaferro foi categórico ao classificar a prática como fraude processual. E foi além: “Com as provas de perseguição que apresentei, acredito que ele será afastado. Muitos juízes são suspensos por menos do que isso.”


Resposta oficial: STF reage

Diante da gravidade das denúncias, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes divulgou nota de esclarecimento. No comunicado, afirma que todas as decisões seguiram estritamente o devido processo legal e que os atos mencionados estão documentados nos autos das investigações.

Segundo a nota, os relatórios citados por Tagliaferro apenas descreveram publicações irregulares durante o processo eleitoral e foram enviados à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República. A assessoria do ministro classificou as acusações como tentativa de desinformação e ataque à integridade do Judiciário.


Senado dividido, tensão crescente

As falas de Tagliaferro provocaram reações imediatas no Senado. Parlamentares da oposição já se movimentam para levar as denúncias adiante e reforçar os pedidos de impeachment do ministro. Há, no entanto, quem defenda cautela e aguarde provas materiais que sustentem as graves acusações.

Nos bastidores, há um misto de apreensão e expectativa. O clima é de quebras de confiança e de vigilância mútua. O Senado, que já vinha criticando o “ativismo judicial” do Supremo, agora tem em mãos um novo trunfo — ou um novo abacaxi.


Silêncio que fala alto: e agora?

O que mais Eduardo Tagliaferro tem a revelar? Há novos documentos? Haverá repercussão internacional? As próximas semanas prometem ser decisivas.

Uma coisa é certa: o silêncio foi quebrado, e com ele, abriu-se uma nova frente de conflito entre o Judiciário e o Legislativo. Em meio a um cenário político polarizado, a credibilidade das instituições volta a ser testada.

O Brasil assiste, mais uma vez, a um capítulo inédito — e tenso — da história contemporânea do país.