Mistério em Interlagos: Empresário é Encontrado Morto em Buraco no Autódromo e Deixa a Polícia sem Respostas

Um corpo em um buraco. Um capacete sem câmera. Uma calça que não era dele. O que aconteceu com Adalberto dos Santos Júnior naquela noite silenciosa no Autódromo de Interlagos?

Na noite de terça-feira, 3 de junho, São Paulo dormia sob o peso de mais uma frente fria de inverno. Enquanto a cidade seguia em seu ritmo de sempre, um enigma se formava nos bastidores do Autódromo de Interlagos — um dos locais mais vigiados e respeitados do país. Lá, entre concreto, cercas e áreas restritas, o corpo de um empresário foi encontrado em circunstâncias que mais parecem saídas de um roteiro de suspense.

Adalberto dos Santos Júnior, 35 anos, era um nome conhecido no setor de eventos e empreendedorismo digital. Jovem, ativo nas redes, pai de família. Ninguém esperava que seu nome surgisse repentinamente associado a uma cena macabra em um dos pontos mais monitorados da capital paulista.

O corpo, o buraco e o silêncio

O que mais intriga os investigadores é o cenário onde o corpo foi localizado: um buraco em uma área em obras, com acesso restrito, dentro do autódromo. Como ele chegou ali? Estava sozinho? Alguém o levou?

As câmeras de segurança registraram a entrada de Adalberto nas dependências do autódromo. Mas o que seria uma simples visita virou um mistério: ele nunca mais foi visto saindo. Nenhuma imagem, nenhum sinal de fuga, nenhuma presença identificada junto a ele. Apenas um sumiço repentino e, horas depois, a descoberta do cadáver.

E os detalhes não param por aí.

As roupas que não eram dele

Perto do local onde o corpo foi encontrado, a polícia encontrou um par de tênis e uma calça jeans. A primeira impressão foi de que as peças pertenciam ao empresário. Mas os familiares e a perícia rapidamente descartaram essa possibilidade.

Esse detalhe aparentemente banal transformou a investigação. Se as roupas não eram dele, de quem eram? Estaria ali mais alguém naquela noite? Teria essa pessoa alguma ligação direta com a morte de Adalberto?

A delegada Ivalda Aleixo, à frente do caso, afirma que o corpo não apresentava sinais externos de violência. Não havia cortes, perfurações, nem marcas visíveis de asfixia. Ainda assim, a hipótese de homicídio não está descartada.

Um vídeo enigmático

Um dos elementos que pode mudar o rumo da investigação é o celular da vítima. Encontrado ao lado do corpo — ainda com bateria e desbloqueado — o aparelho continha um vídeo gravado momentos antes do desaparecimento.

Fontes ligadas à investigação confirmaram que Adalberto aparece no vídeo em um estado considerado “alterado”. O conteúdo exato, no entanto, ainda não foi divulgado, possivelmente para não comprometer as linhas de apuração.

Um amigo que estava com ele naquela noite reforça essa versão. Os dois teriam consumido cerveja e maconha durante o evento. Adalberto estaria desorientado, segundo o colega, e em determinado momento decidiu ir embora — mas nunca chegou em casa.

Cadê a câmera?

Apesar de alguns itens pessoais estarem com o empresário — como o capacete, o celular e a carteira — algo essencial estava ausente: a câmera que ele costumava manter acoplada ao capacete.

Essa câmera poderia conter imagens preciosas para reconstituir os últimos momentos do empresário. Por que ela não estava ali? Foi retirada? Perdida? Ou levada por alguém?

Essas perguntas ainda não têm resposta, e a polícia trabalha com a possibilidade de que o desaparecimento do equipamento não seja coincidência.

Acesso restrito e muitas dúvidas

Por estar em uma área em obras, o local onde o corpo foi encontrado é frequentado apenas por trabalhadores autorizados. Agora, todos eles serão ouvidos pela polícia. O objetivo é entender se alguém viu Adalberto naquela noite, ou se algo fora do comum chamou a atenção durante o expediente.

Familiares e amigos também foram chamados para novos depoimentos. Os investigadores querem entender se Adalberto apresentava algum comportamento estranho, mudanças de humor, ameaças ou conflitos recentes.

Até agora, nenhuma hipótese foi descartada. Acidente? Possível. Homicídio? Não descartado. Um surto momentâneo? Talvez. Mas o fato é que um homem entrou em um dos espaços mais protegidos da cidade e saiu de cena de forma trágica, sem deixar respostas claras.

Um caso que parece ficção — mas é real

Em pleno 2025, em uma cidade vigiada por câmeras, drones e redes digitais, o desaparecimento e morte de Adalberto dos Santos Júnior em Interlagos soa mais como roteiro de cinema do que como caso real. Mas, infelizmente, é.

Enquanto a polícia corre contra o tempo, a família aguarda em angústia. O mistério permanece: o que realmente aconteceu com Adalberto naquela noite silenciosa no autódromo?