Notícias

‘PESADELO’; vaza áudio da esposa de empresário encontrado ϻɒrto em buraco

Mistério em Interlagos: Empresário Desaparece Após Festival e é Encontrado Morto em Obra Abandonada — Esposa Clama por Respostas

Quando Adalberto Amarilio dos Santos saiu de casa na sexta-feira, 30 de maio, a animação era visível. Apaixonado por motocicletas, ele se preparava para um evento que aguardava havia semanas: o Festival Interlagos. Nada indicava que aquela seria sua última noite. Hoje, uma semana depois, o que resta é um silêncio angustiante, um buraco no peito da família — e um corpo encontrado em um lugar que ninguém jamais imaginaria.

Adalberto, de 36 anos, era empresário, casado, pai, e conhecido pela simpatia e espírito trabalhador. Seu desaparecimento se tornou um enigma que desafia até os mais experientes investigadores da Polícia Civil de São Paulo. Seu corpo foi encontrado dias depois, dentro de um buraco de três metros de profundidade, em um canteiro de obras abandonado nas imediações do Autódromo de Interlagos — o mesmo local onde ele havia sido visto pela última vez.

Um jantar que nunca aconteceu

Naquela noite, Adalberto enviou uma última mensagem à esposa por volta das 21h: “Vou sair para jantar”. Depois disso, o celular emudeceu. As horas passaram, os contatos não foram retornados e, quando a madrugada chegou, o desespero começou a se instalar.

“Ele me mandou vídeos, fotos, estava feliz… e de repente sumiu. Eu não entendo por que fizeram isso com ele”, desabafou a esposa em entrevista exclusiva, sua voz trêmula revelando uma dor que ainda não encontrou nome. Ela preferiu não se identificar, mas suas palavras ressoam como um apelo: “Preciso de respostas. Minha vida virou de cabeça pra baixo”.

Um corpo, um cheiro, um mistério

O corpo de Adalberto foi localizado por um operário, que trabalhava na obra interditada próxima ao autódromo. O forte odor vindo de dentro do buraco chamou atenção. Ao se aproximar, a cena era perturbadora: em meio à terra e entulhos, um corpo, ainda com documentos, carteira, celular — e uma aliança que ajudaria na identificação imediata.

Como alguém termina ali? Como um homem, em pleno festival, desaparece sem deixar rastros visíveis, para ser achado dias depois num terreno de acesso restrito, cercado por tapumes e usado por obras viárias?

Sem sinais de roubo. Com sinais de morte violenta

O laudo do Instituto Médico Legal não deixa margem para dúvida: a causa da morte foi asfixia por compressão torácica. Em termos mais diretos, alguém matou Adalberto — e fez questão de esconder o corpo.

Curiosamente, todos os pertences estavam com ele. A carteira intacta. O celular desligado, mas presente. O que afasta, pelo menos por enquanto, a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). “Ele não tinha inimigos. Era querido por todos. Isso é o mais assustador”, reforçou a esposa, em meio às lágrimas.

O que a polícia já sabe — e o que ainda não sabe

O caso está agora sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que trata o crime como homicídio. Testemunhas estão sendo ouvidas, e imagens de câmeras de segurança da região estão sendo coletadas. O objetivo: montar um quebra-cabeça ainda nebuloso, onde faltam muitas peças.

A principal linha de investigação até agora é a de que Adalberto já estava morto quando foi levado ao local onde foi achado. Isso levanta outra pergunta crucial: quem conhecia bem aquela área isolada para saber que ali seria um “bom esconderijo”?

O silêncio que grita

Enquanto as investigações avançam em ritmo cauteloso, a dor da família só aumenta. Amigos, parentes e vizinhos descrevem Adalberto como um homem alegre, dedicado ao trabalho e à família, sem envolvimento com atividades suspeitas. Um perfil que apenas intensifica o mistério.

“Não vou parar enquanto não souber a verdade. Quem fez isso precisa pagar”, afirmou a esposa, sem conter a emoção.

O que resta agora? Esperar. E lutar.

A história de Adalberto virou manchete, mas, para quem o amava, é uma ferida aberta que nenhuma reportagem consegue fechar. Um homem desaparece em meio a um evento público, e reaparece morto em um terreno restrito — com tudo o que lhe pertencia ainda em mãos. A polícia tem pistas, mas não tem ainda um nome. Nem um motivo.

O que aconteceu nas horas entre o festival e a morte? Quem se beneficiaria com a partida de um homem aparentemente comum? E mais importante: quantos dias mais essa família terá que esperar por justiça?

O Brasil acompanha. E espera, junto com eles, pelas respostas que ainda não vieram.