Lula assusta à todos com recado para Donald Trump: “A Guerra vai co…Ver Mais

Brasil e EUA à Beira de uma Guerra Comercial: Lula Reage e Promete Retaliação
Por Redação | 23 de julho de 2025
SANTIAGO, CHILE – O relógio diplomático começou a acelerar. Em meio aos salões silenciosos da Reunião de Alto Nível “Democracia Sempre”, realizada nesta segunda-feira (21) em Santiago, algo mais grave do que uma troca de discursos entre líderes internacionais começou a se desenhar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em visita ao Chile, soou o alarme: uma guerra tarifária entre Brasil e Estados Unidos está no horizonte — e pode começar a qualquer momento.
A faísca que ameaça acender o barril de pólvora global veio das palavras do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que voltou à cena com uma proposta explosiva: tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A justificativa? Uma retaliação direta ao que chamou de “perseguição judicial” contra Jair Bolsonaro.
Lula, visivelmente irritado com o tom agressivo vindo de Washington, não se esquivou: “A guerra começa na hora em que eu responder ao Trump, se ele não mudar de posição.” Sua declaração, feita à imprensa internacional, lançou um novo capítulo nas já tensas relações entre Brasília e Washington.
Nos Bastidores do Conflito
Acompanhado dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Lula desembarcou em Santiago sob forte expectativa diplomática. O jantar oficial com o presidente chileno Gabriel Boric e outros líderes sul-americanos parecia protocolar — até que o clima mudou.
Logo após a chegada, surgiram rumores de que o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) havia aberto uma investigação contra o Brasil, alegando “práticas comerciais desleais”. A pressão interna aumentou ainda mais com a polêmica decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro, acendendo o estopim político que Trump agora tenta explorar economicamente.
A narrativa que Trump tenta construir, segundo fontes diplomáticas, é clara: pintar o Brasil como um país onde o judiciário age com motivação política. Lula, por sua vez, respondeu com veemência e indignação calculada.
Lula Endurece: “Não Aceitaremos Intimidação”
Durante coletiva concedida na manhã seguinte, o presidente brasileiro foi direto: “O cidadão que Trump defende está sendo julgado por crimes previstos na legislação brasileira. Não sou eu quem decide, são as instituições.” A fala foi recebida com silêncio respeitoso, mas tenso, por parte dos observadores internacionais.
Ele ainda deixou claro que qualquer tentativa de impor sanções unilaterais ao Brasil será tratada como afronta. E Lula já tem uma arma na manga: a nova Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada no Congresso no início do ano, autoriza o governo brasileiro a retaliar comercialmente qualquer país que imponha barreiras injustas ao comércio.
O Contra-Ataque Vem Aí?
Em uma jogada estratégica, Lula delegou ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, a missão de liderar a frente de negociação com os EUA. A escolha de Alckmin — conhecido por seu perfil técnico e conciliador — mostra que o Brasil buscará, ao menos inicialmente, o diálogo. Mas o tom mudou: se Washington insistir nas sanções, a resposta será proporcional.
“Vamos agir com firmeza, mas dentro da legalidade. Não estamos à disposição de caprichos eleitorais de ex-presidentes estrangeiros”, afirmou Lula, deixando no ar a suspeita de que a movimentação de Trump pode ter mais a ver com sua pré-campanha do que com o comércio internacional em si.
Um Racha que Pode Mudar o Jogo Global
O que parecia apenas mais um capítulo da tensão Brasil-EUA agora ameaça evoluir para um confronto comercial inédito entre as duas maiores democracias do continente americano. Se o plano tarifário for adiante, pode afetar diretamente setores estratégicos, como o agronegócio, a indústria metalúrgica e a exportação de tecnologia.
Por outro lado, a aplicação da Lei da Reciprocidade poderá encarecer produtos americanos no mercado brasileiro, impactando também as relações com empresas multinacionais. Analistas já projetam uma possível reorganização de parcerias, com o Brasil buscando alianças mais sólidas com Europa e Ásia para compensar as perdas.
O Que Vem a Seguir?
Tudo agora depende da decisão que sairá da Casa Branca nos próximos dias. Lula deixou claro que o Brasil não será um espectador passivo. E, embora evite usar o termo “conflito”, a retórica deixou uma coisa evidente: o Brasil está pronto para revidar — não com armas, mas com tarifas, leis e estratégia.
Enquanto os diplomatas trabalham nos bastidores e as bolsas de valores seguram o fôlego, uma pergunta paira no ar: será que estamos à beira de uma nova guerra econômica? Se sim, ela começou aqui, entre palavras afiadas e decisões que ainda podem mudar o curso da história comercial entre as duas nações.
