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Traição, abandono e despedida: os últimos capítulos da vida de Preta Gil revelam drama pessoal em meio à luta contra o câncer
Por trás dos holofotes e dos palcos, uma história de dor, superação e quebra de confiança marcou os últimos anos da vida de Preta Gil. A cantora, filha de Gilberto Gil, símbolo de irreverência e representatividade na música brasileira, viveu um enredo tão dramático quanto real: traição, abandono em meio ao tratamento contra o câncer e, por fim, uma batalha silenciosa que terminou com sua morte no último domingo (20), aos 50 anos.
Mas o que de fato aconteceu nos bastidores da vida de Preta? Como um relacionamento de oito anos desmoronou justamente quando ela mais precisava de apoio?
O ponto de virada começou no início de 2023, quando Preta recebeu o diagnóstico de câncer no intestino. Na mesma época, terminou seu casamento com Rodrigo Godoy, personal trainer e influenciador digital, com quem havia se casado em 2015. A separação, a princípio, parecia ter sido motivada pelas tensões naturais de um relacionamento abalado por um diagnóstico grave. Mas o que veio à tona pouco depois jogou nova luz sobre o fim do casamento — e chocou fãs em todo o país.
“Me separei antes de saber da traição. O que doeu foi o abandono. Eu doente, ele saía, me deixava sozinha. Achei que fosse medo, que era o impacto do diagnóstico. Sugeri terapia. Só depois entendi que era mais profundo que isso.” A revelação, feita por Preta no programa De Frente com Blogueirinha, escancarou um episódio de infidelidade que só seria descoberto quando a artista já enfrentava uma das fases mais delicadas de sua vida.
A terceira personagem dessa trama surgiu de onde menos se esperava: Ingrid Lima, ex-funcionária de Preta e responsável por seu styling por anos. “Era intuição feminina. Comecei a sentir algo estranho, um desconforto que eu não sabia explicar. Decidi afastá-la profissionalmente antes mesmo de saber o porquê”, relatou Preta. Tempos depois, veio a confirmação: Ingrid era a amante de Rodrigo Godoy.
O que parecia um relacionamento desgastado, mas ainda recuperável, revelou-se um castelo de cartas desmoronado. Para Preta, a traição em si não foi o pior. “O mais grave não é a traição. Isso acontece. O que fere é ser manipulada, enganada diversas vezes. Isso destrói.”
Apesar da dor, a cantora tentou manter a dignidade. Houve uma última conversa com Rodrigo, mas o elo já estava rompido. “Foi difícil, mas definitivo. Tirei até o sobrenome dele da minha identidade. Começou bonito, terminou de forma trágica.”
Pouco tempo após o divórcio, Rodrigo assumiu publicamente seu relacionamento com Ingrid. Depois, afirmou estar com outra pessoa, sem revelar quem. Em agosto de 2024, usou as redes sociais para se defender e acusar Preta de ameaçá-lo por causa do livro de memórias que ela lançou naquele ano. “Ela disse que destruiria minha vida e está cumprindo. Nunca falei nada, sempre fiquei quieto”, publicou. O silêncio de Rodrigo sobre a morte de Preta até hoje segue sem explicações.
Preta Gil, mesmo em meio ao turbilhão pessoal, não parou de lutar. Passou por cirurgia no Brasil, enfrentou altos e baixos com o câncer, chegou a ter uma remissão em dezembro de 2023, mas sofreu recaída em agosto de 2024. Em junho de 2025, já com o quadro agravado, viajou aos Estados Unidos para tentar tratamento experimental. A luta, porém, chegou ao fim em solo americano.
A notícia de sua morte foi confirmada por sua equipe com uma nota emocionante:
“É com imenso pesar que comunicamos a partida de nossa amada Preta Gil. Ela foi uma mulher à frente do tempo, corajosa, inspiradora. Deixa um legado de amor, arte e luta.”
O corpo de Preta será velado no Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público. A família, liderada por Flora Gil, ainda aguarda a repatriação.
A vida de Preta Gil não pode ser resumida apenas pelos momentos finais — mas é impossível ignorar que seus últimos anos foram marcados por uma mistura dolorosa de vulnerabilidade, coragem e verdade. Ela escolheu contar sua história com transparência, mesmo quando isso significava abrir feridas.
E talvez por isso, Preta siga sendo o que sempre foi: uma mulher de força rara, que usou sua voz não apenas para cantar, mas para falar — até o fim — sobre tudo o que realmente importa.
