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A Última Canção de Preta Gil: Amor, Memória e a Despedida que Tocou o Brasil

Por trás da comoção nacional, um gesto íntimo ecoou entre milhões de corações. A despedida de uma mulher que sempre cantou a vida – até o fim.

Era um domingo silencioso, quase sem aviso, quando o Brasil foi atravessado por uma notícia que muitos ainda não conseguem acreditar: Preta Gil, aos 50 anos, partiu. A cantora, atriz e figura vibrante da cultura brasileira nos deixou após uma árdua batalha contra o câncer. Mas o que se seguiu não foi apenas luto — foi um rompante de emoções, memórias e uma despedida pública marcada por um gesto inesperado e profundamente simbólico.

Entre as muitas homenagens que inundaram as redes sociais, uma delas gerou um impacto diferente. Não por ser a mais famosa, nem a mais longa. Mas pela carga emocional, pelas camadas de afeto, passado e conexão familiar que ela trouxe à tona. João Paulo Demasi, ex-namorado de Preta e ex-marido de Bela Gil, compartilhou uma foto antiga ao lado da artista e escreveu:

“Te amo há tanto tempo. Obrigado por deixar eu participar por mais de 20 anos da sua vida e da sua família como amigo, como namorado, como pai, como tio-avô. Preta presente.”

Foi o tipo de declaração que desarma qualquer formalidade. Em poucas linhas, ele revelou um laço raro, que resistiu ao tempo, às transformações e aos afetos que mudam de forma, mas não de essência.

Uma Teia Familiar Fora dos Rótulos

A história entre Preta, João Paulo e a família Gil é mais do que uma anedota de bastidores. Ela revela uma estrutura familiar incomum, moldada por afeto sincero e maturidade emocional. Antes de ser casado por quase duas décadas com Bela Gil, João Paulo teve um relacionamento amoroso com Preta. Algo que a própria Bela já havia contado em entrevistas com naturalidade e bom humor. Eles viveram juntos por 19 anos, tiveram dois filhos – Flor e Nino – e mantiveram, mesmo após a separação em 2023, um vínculo de amizade e respeito que transparece nessa despedida pública.

A homenagem tocou fãs e anônimos porque traduziu algo essencial: a presença de Preta na vida das pessoas não se restringia ao palco. Ela fazia parte da vida real de quem a cercava — e essa presença era sentida, viva, afetuosa. Mesmo na ausência.

Uma Luta Travada com a Alma

Preta Gil enfrentava o câncer colorretal desde 2022. A doença, implacável, a levou a buscar tratamento nos Estados Unidos – entre o Memorial Sloan Kettering, em Nova York, e o Virginia Cancer Institute, em Washington. Segundo apuração do portal LeoDias, ela estava prestes a retornar ao Brasil quando seu estado de saúde se agravou subitamente a caminho do aeroporto. Foi levada de volta ao hospital, mas não resistiu.

A notícia foi confirmada por sua assessoria e, em poucas horas, Preta se tornou o centro de homenagens emocionadas vindas de fãs, artistas e amigos. A morte da cantora não foi apenas uma despedida – foi o encerramento de um capítulo na história recente da música e da representatividade no Brasil.

Voz, Corpo e Coragem

Filha do lendário Gilberto Gil, Preta poderia ter vivido à sombra de um sobrenome consagrado. Mas escolheu brilhar com sua própria luz. Foi pioneira ao falar de corpo, sexualidade, racismo e gordofobia em um país ainda refém de padrões excludentes. Não só cantou, mas gritou, se posicionou, abriu portas.

Nas redes sociais, nunca escondeu as dores do tratamento, os medos nem as cicatrizes. Pelo contrário: transformou sua dor em aprendizado coletivo, incentivando a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer colorretal.

E mesmo quando a morte parecia rondar, Preta escolheu viver cada dia com intensidade – compartilhando sorrisos, memórias e afeto.

Uma Ausência Que Vai Demorar a Ser Entendida

Há ausências que silenciam, outras que ecoam. A de Preta Gil faz as duas coisas ao mesmo tempo. Seu riso, suas letras, suas opiniões, sua coragem – tudo parece continuar pairando no ar, como se ela ainda estivesse ali, prestes a entrar em cena.

A homenagem de João Paulo Demasi simboliza isso. Uma história de amor que virou amizade, um passado que se reconstruiu em presença contínua. Em tempos de relações fugazes, esse gesto serviu como lembrete de que alguns vínculos não se rompem com o tempo – apenas mudam de forma.

Preta Gil se despediu do mundo com a mesma intensidade com que viveu nele. Com coragem, com amor e com verdade. Ela se foi, mas como escreveu João Paulo: Preta presente. Sempre.