Irmãs de 72 e 71 anos são m0rtas a tir0s durante disputa por terras… Ver mais

Mistério, tiros e terra em disputa: o assassinato brutal de duas irmãs em Campos Novos
Crime choca o Meio-Oeste catarinense e levanta suspeitas de disputa por propriedade rural
Na pacata Campos Novos, município com pouco mais de 36 mil habitantes no coração do Meio-Oeste de Santa Catarina, a tranquilidade rural foi substituída por medo, indignação e muitas perguntas sem respostas. Em uma sexta-feira ensolarada, 27 de junho, o que parecia ser apenas mais um dia no campo terminou em tragédia: duas irmãs, Vera Beatriz Lopes, de 72 anos, e Vilma Albertina Andrade Lopes, de 71, foram executadas a tiros em uma área rural do município.
O crime, que inicialmente parecia isolado, rapidamente ganhou repercussão estadual e nacional pela brutalidade e pelo contexto obscuro em que aconteceu. As vítimas foram mortas diante de testemunhas e tudo indica que o motivo seria uma disputa de terras. Mas o que de fato desencadeou o assassinato dessas duas mulheres conhecidas pela comunidade? E quem são os responsáveis por tamanha violência?
O confronto que terminou em sangue
Segundo as primeiras informações da Polícia Militar, as irmãs se dirigiram até uma propriedade rural onde, supostamente, ocorria uma obra de instalação elétrica feita por uma empresa terceirizada. Vera e Vilma alegavam ser as legítimas proprietárias da área e exigiram a suspensão imediata dos trabalhos.
A tensão cresceu rapidamente. Trabalhadores teriam abandonado o local diante da discussão. No entanto, pouco tempo depois, três homens retornaram à propriedade — desta vez armados. O que se seguiu foi um confronto rápido, mas letal. Testemunhas relatam que, após uma nova troca de palavras, os agressores sacaram as armas e atiraram sem hesitar.
Vera e Vilma morreram na hora. Um terceiro homem, funcionário que estava no local, também foi atingido e levado ao hospital. Seu estado de saúde ainda não foi oficialmente divulgado, mas sua recuperação é vista como crucial para o avanço das investigações — ele pode ser a principal testemunha do crime.
Suspeitos fugiram e permanecem foragidos
Após os disparos, os três suspeitos fugiram sem deixar pistas. Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil já iniciou a coleta de depoimentos e trabalha com a hipótese principal de que o ataque foi motivado por uma disputa pela posse da terra. Contudo, não se descarta nenhuma linha de investigação.
Peritos estiveram no local, e a análise balística das armas, quando recuperadas, poderá fornecer pistas decisivas. A Delegacia de Polícia de Campos Novos montou uma força-tarefa para tentar localizar os responsáveis, mas o clima entre os moradores é de apreensão.
Como duas senhoras viraram alvo?
A brutalidade do crime causou comoção imediata. Amigas e familiares das vítimas usaram as redes sociais para homenagear as irmãs e cobrar justiça. “Eram mulheres de bem, queridas, honestas. Não mereciam esse fim”, escreveu uma amiga próxima em uma publicação que já soma milhares de compartilhamentos.
A comunidade local se pergunta como duas senhoras, de mais de 70 anos, acabaram no centro de um conflito que terminou em assassinato. A resposta pode estar nos bastidores do setor de terras da região — conhecido por disputas antigas, informalidades e ausência de regularização fundiária em algumas áreas.
Uma tragédia anunciada?
Apesar de o caso parecer ter explodido de forma repentina, moradores relatam que conflitos naquela região rural vinham crescendo nos últimos meses. Há registros de pequenas discussões, ameaças e disputas por divisas entre terrenos vizinhos. A obra de instalação elétrica teria sido a gota d’água que reacendeu o conflito entre grupos que se dizem donos da mesma área.
A pergunta que assombra a cidade é: houve planejamento na ação dos assassinos? O fato de terem retornado armados ao local sugere premeditação, o que pode agravar ainda mais as penas dos envolvidos, caso sejam identificados.
Investigações em andamento e o clamor por justiça
Enquanto a Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e analisando provas, a comunidade de Campos Novos tenta digerir a tragédia. Os corpos das irmãs foram sepultados sob forte comoção, e um ato em homenagem às vítimas está sendo organizado por moradores e representantes de movimentos sociais ligados ao direito à terra.
O crime não apenas destruiu uma família, mas também reacendeu o debate sobre conflitos fundiários no interior do Brasil — tema muitas vezes ignorado, mas que continua fazendo vítimas.
A cidade aguarda respostas. O Brasil, chocado, exige justiça.
