Polícia descobre a verdadeira causa da morte de Larissa Manuela, ela foi atac… Ver mais

Mistério em Barueri: Quem matou Larissa Manuela? , uma casa silenciosa e um crime sem pistas
Na tarde cinzenta de 12 de junho de 2025, o bairro Jardim Tupã, em Barueri (SP), foi invadido por um silêncio que não prenunciava paz — mas sim tragédia. Naquele dia, por volta das 17h, uma mãe encontrou o que nenhuma mãe deveria ver: sua filha de apenas 10 anos, Larissa Manuela Santos de Lucena, morta dentro do próprio quarto. Assassinada a facadas. Sem um grito. Sem testemunhas. Sem sinais aparentes de invasão.
O crime, já brutal em sua natureza, se tornou ainda mais perturbador pelas circunstâncias em que ocorreu: a execução de uma criança indefesa em um ambiente doméstico que, até então, era seu porto seguro. E o mais inquietante — até agora, ninguém viu, ninguém ouviu, ninguém sabe.
O crime que não fez barulho
Naquela manhã, tudo parecia normal. A mãe de Larissa saiu cedo para o trabalho. O irmão mais velho, que morava com elas, havia viajado. A menina ficou sozinha — algo que, infelizmente, não era incomum.
Ela deveria ter ido à escola à tarde. Não foi.
Quando a mãe retornou, ao fim do expediente, percebeu o primeiro detalhe fora do lugar: o portão estava apenas encostado. A porta da frente também. Lá dentro, nenhum sinal de arrombamento, tampouco de luta. Chamou pela filha. Silêncio.
No quarto, a cena de pesadelo: Larissa estava caída ao lado da cama, vestida, parcialmente coberta por um edredom, com múltiplos ferimentos no pescoço e no tórax. A arma do crime? Sumida. As pistas? Praticamente inexistentes.
Uma execução meticulosa — e fria
Peritos da Polícia Científica levantaram uma hipótese arrepiante: Larissa pode ter sido atacada enquanto dormia. Não havia móveis revirados, nem objetos quebrados, nem marcas de resistência. O ataque parece ter sido preciso, cirúrgico.
Isso muda tudo. Um agressor que entra, comete um homicídio brutal contra uma criança e sai sem deixar rastros — sem ser visto, sem ser ouvido, sem deixar nem mesmo a faca — não age por impulso. Age com intenção, com cálculo, com conhecimento do ambiente.
Mas… quem?
Por que Larissa estava sozinha?
A polícia agora tenta montar o quebra-cabeça do que aconteceu entre a manhã e a tarde daquele dia. Por que Larissa não foi à escola? Estava doente? Esperava alguém? Tinha medo?
Investigações preliminares apontam que a porta da casa permanecia sem tranca durante o dia. Isso pode ter facilitado a entrada do assassino — ou da assassina. Mas ainda assim, resta a dúvida mais sombria: alguém sabia que Larissa estaria sozinha naquele horário?
Imagens de câmeras da rua estão sendo vasculhadas. Até agora, nada conclusivo. Nenhum estranho notado por vizinhos. Nenhum movimento suspeito registrado.
O passado que bate à porta
Em meio ao luto, um detalhe veio à tona e chamou a atenção da polícia: semanas antes, o pai de Larissa foi esfaqueado em outro município. O caso ainda não foi esclarecido.
Coincidência? Vingança? Um acerto de contas cruel com a criança como moeda?
Embora nenhuma conexão formal tenha sido estabelecida, os investigadores não descartam a hipótese de os dois episódios estarem ligados. O histórico familiar agora é peça central no tabuleiro da investigação.
Barueri chora: luto coletivo e medo
O assassinato de Larissa chocou não apenas a família, mas toda a comunidade. Vizinhos, colegas de escola e professores estão inconformados. A menina era descrita como dócil, inteligente e alegre. Uma criança comum, que gostava de brincar na calçada, desenhar e assistir desenhos animados.
O velório foi um retrato do desamparo. Silêncio absoluto. Rostos perplexos. A mãe, devastada, mal conseguia se manter em pé. “Ela era tudo o que eu tinha”, disse, antes de desabar nos braços de parentes.
A escola suspendeu as aulas por um dia. Em luto, alunos levaram flores e bilhetes. Barueri não dorme tranquila.
Uma pergunta ecoa: quem matou Larissa?
Enquanto o corpo da menina é analisado no Instituto Médico Legal (IML) e os agentes do 1º Distrito Policial de Barueri seguem em busca de qualquer fio solto que possa levar ao autor do crime, a população espera por justiça. Ou, ao menos, por respostas.
A cena do crime parece gritar por alguém que ouça. Que entenda. Que desvende.
Quem atravessou aquela porta sem ser notado? Quem ousou tirar a vida de uma criança indefesa, sem deixar sombra de si?
E por que o fez?
O silêncio que precisa ser quebrado
O caso de Larissa não pode cair no esquecimento. Mais do que um crime hediondo, ele escancara a vulnerabilidade de muitas famílias brasileiras, a insegurança invisível que ronda mesmo dentro de casa, e a impunidade que tantas vezes silencia as vítimas.
Mas desta vez, o silêncio precisa gritar.
Porque Larissa não pode mais falar. Mas nós podemos — e devemos — exigir justiça.
